Por Jadson de Paula
O consumo de material pornográfico que
outrora era um recôndito que provocava o senso do ridículo, do vergonhoso,
escancarou-se com o passar do tempo seu mundo emporcalhado vulgarizante,
ignóbil, vil, etc. Seu público consumista não apenas está na categoria dos
desvalidos ciosos de determinados grupos de homens e mulheres na sociedade, mas
também entre os crentes. Longe de ser uma pedagogia sexual a pornografia
desfigura a sexualidade de algo saudável dentro dos limites postos por Deus,
para pô-la como um fetiche voyerista despejando seu material sexualmente
perverso e imoral – potencialmente, declinante, nocivo, licencioso e viciante.
O plano de Deus para nossa sexualidade
nos arremete as páginas do Gênesis. Sem deter-me a uma explanação extensa sobre
o assunto, em suma a criação do homem e da mulher, estabelece um precedente de
que o prazer sexual deve ser desfrutado dentro do casamento (Gênesis
2.22-25). E, que as relações sexuais desprovidas do compromisso
matrimonial, classificadas pelas Escrituras como imoralidade sexual, apontando
ao adultério, fornicação, prostituição, lascívia... Devem ser mortificadas!
Tais elementos referidos estão contidos na pornografia (Colossenses
3.5 -7). “O espírito das Escrituras que proíbem as práticas
sexuais pecaminosas inclui os pecados da mente onde, em sua imaginação, os
homens possuem um harém de fazer inveja a Salomão” (Mark Driscoll). Tanto
o casamento como o sexo, simplesmente estão relacionados, interligados há uma
exclusividade do casal para a promoção da unidade -, algo distorcido pela
libidinosa luxúria da indústria do sexo explícito.
A pornografia tornou-se uma epidemia. O
vício que se prolifera escravizando as mentes dos seres humanos; ingressantes
num mundo sexual obsceno e imoral, ao passo que o outrem se torna o objeto de
autogratificação. Desde a sua cadeia produtiva, envolvendo personagens anônimos
e famosos, ditos atores pornôs, até ao consumidor dos materiais de conteúdo
pornográfico, a porneia-aberrante desencadeia uma série de fatores influentes e
perigosos, numa relação estreita como “violência contra mulher, assédio sexual,
estupros, aberrações, degradações, orgias, zoologia”, etc. Esse assunto omitido
pela maioria absoluta das “igrejas”, em seus púlpitos, que nos bastidores da
vida de muitos ou poucos “cristãos”, que congregam nos templos afora pelo
mundo, consumidores de materiais pornográficos -, convivem com venenos
paralisantes e escravizantes, doentes e lúgubres se entrelaçam nas imoralidades
sexuais.
Fato é que não há com o que se
surpreender (infelizmente) a respeito do número de professos cristãos que
assistiram, consumiram, e que consome materiais pornográficos, além dos que se
encontram aprisionados a esse lixo. Sem inclusividade! Ministros eclesiásticos fazem
parte dessa contabilidade. Todas as estatísticas relacionadas objetivando
apontar a relação dos cristãos com a pornografia mostrou a realidade perigosa
num cenário ministerial, conjugal e espiritual. A exemplo da pesquisa
realizada em 1994, que revelou a relação estreita de pastores consumidores de
pornografia com a infidelidade conjugal. Josh McDowell também realizou uma
pesquisa com 22 mil igrejas nos Estados Unidos, revelando que “10% dos
adolescentes havia aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas.
42% deles disse que nunca aprendeu qualquer coisa sobre o assunto da parte de
seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito
nos últimos seis meses” (Augustos Nicodemos). No
caso brasileiro, cerca de 10% dos (crentes), já foram pela via pornô. “A
teologia da luxúria pornográfica” (Mark Driscoll), relativiza os problemas aos
que assistem aos filmes pornôs. A eficiência do mal encontra espaço na
deficiência das criaturas. A pecaminosidade é inerente ao coração do homem (Mateus
15. 18,19).
A pornografia estupra a mente dos seres
humanos, sem nenhuma pedagogia sexual, produzida especificamente para a classe
masculina, tornando a figura da mulher como o objeto da satisfação do falo
pruriginoso dos homens, com diversos tipos de sexualismo-animalesco, estúpido e
aberrante (sexo com violência, com animais, orgias entre homens, mulheres e
homossexuais, sexo oral, anal, etc.). O explícito material abjeto distorce a
realidade do sexo criado por Deus, para uma prática pecaminosa e viciante, (considerada
como uma patologia psicológica) tão forte quanto os entorpecentes, criando
dependência e distúrbios mentais deixando feridas e escravizando suas vítimas a
procura da satisfação voyerista, com efeitos nas áreas sociais, espirituais,
matrimoniais e até mesmo na saúde.
Indústria que fatura bilhões de
dólares por ano, que cresce vertiginosamente, com cerca de 70 milhões de
pessoas acessando um site pornográfico por semana. Fato é que falta uma posição
aberta e ativa da igreja cristã brasileira a respeito desta temática. Dentro da
realidade problemática na vida de tantos crentes que congregam mundo afora,
principalmente, no Brasil pela sua cultura sensual, que de alguma forma foram
para o proibido e perigoso mundo da pornografia, – com a inocência-corrompida
pelas imagens da perversidade sexual fora do propósito divino. A palavração de
argumentos sobre a realidade da pornografia é extensa (das sequelas produzidas,
de como nasce o desejo de vê-la, da violação dos preceitos morais, bíblicos,
etc.). Num quadro realista sobre esta área, exige mudanças radicais no hábito
de vida dos crentes envolvidos com esse lixo sexual. Uma busca constante nas
Escrituras e entre outros livros sobre este assunto, que corrobore para conhecer que a pornografia
é em si um mal que deve ser combatido e confrontado – onde todas as formas de
imoralidades sexuais, as quais estão contidas na indústria do pornô são
condenados pelas Sagradas Escrituras.
Notas
______________________________-
[1] DRISCOLL, Mark. E-Book: Sexualidade
e reformissão.
[2] GUERRA, Priscila; Richarde. E-Book: Vamos
falar sobre sexo?
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