A revista Cristianismo Hoje
publicou uma matéria que fala sobre a quantidade crescente de pastores que
entregam seus ministérios por não suportarem as cobranças que esse sacerdócio
exige.
Com problemas de ordem
financeira, familiar e até mesmo de saúde, esses pastores preferem se afastar
de suas atividades, sem deixar de exercer suas crenças. Isso é, eles continuam
na igreja, mas não cumprem suas tarefas como pregar, fazer visitas e etc.
Na reportagem o pastor José
Nilton Lima Fernandes, 41 anos, conta que pediu licença da sua função
na Igreja Presbiteriana Independente (IPI) no final de 2010, depois de quase 15
anos enfrentando problemas. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que
procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta ele que acabou se
divorciando, o que aumentou suas dores por perder a companhia permanente da
filha.
Durante todo o ano de 2011 ele
esteve de licença e essa experiência lhe mostrou que é possível servir ao
ministério pastoral sem estar dirigindo uma igreja.
“Não acredito mais que um
ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se
aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”.
Nilton que está casado novamente e
retomou seu trabalho como pastor em uma IPI da zona leste da capital paulista
não é o único sacerdote que cede aos problemas que aparecem no cumprimento
desse chamado. A revista Cristianismo Hoje cita também pesquisas elaboradas nos
Estados Unidos que mostram o alto índice de “licenças” que são pedidas.
Uma delas, elaborada pelo
Instituto Francis Schaeffer, mostra que todos os meses 1,5 mil pastores
abandonam seus ministérios por problemas morais, esgotamento espiritual e até
mesmo por desavenças com a igreja.
Uma outra pesquisa mostrou que os
principais problemas enfrentados por esses ministros são: depressão e estresse,
despreparo ministerial, falta de contato com a Bíblia, casos
extraconjugais e crise financeira.
Post original em GospelPrime
Primeiro, gostaria de fazer uma correção teológica nesse texto. O texto refere-se a pastor como sendo sacerdote. Pastores não são sacerdotes. Os sacerdote eram os representantes do povo diante de Deus na antiguidade. A teologia católica tem essa concepção de seus líderes (padres), não a teologia evangélica (ou protestante, como queira. Nós evangélicos só temos a Cristo como sacerdote, na verdade, nosso sumo-sacerdote. Segundo, a concepção que o José Nilton tem de pastor (Clérigo)deve limitar-se a uma experiência pessoal. E que respeito. Porém, se os pastores começarem a adotar essa visão, o que será do rebanho? É lamentável. Ser pastor é uma vocação, não é para todos. Se a pessoa não se identifica com o ministério pastoral, que continue contribuindo com o reino de outras formas, merece todo respeito por isso. Mas a igreja não pode prescindir de verdadeiros pastores, que visitem, que aconselhem, que amem o rebanho, que o alimente com a Palavra. Ninguém deve ser forçado a "carregar um fardo" para o qual não tem vocação. Fico imaginando o que diriam aqueles grandes homens de Deus que pastorearam durante décadas a fio seus rebanhos.... O final do texto explica em parte a razão do fracasso de tantos pastores: despreparo teológico, psicológico e espiritual, e, obviamente, também falta de vocação. Isto não significa que não sejam homens de Deus, e que não possam contribuir de outras formas. Minha oração é que Deus continuem levantando verdadeiros pastores, a igreja de hoje está precisando desesperadamente de verdadeiros pastores. No amor de Cristo. Pr. Daniel.
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